A Infância e Adolescência Missionária da Itália celebra sua Jornada Nacional


Neste dia 6 de janeiro, Solenidade da Epifania, também é celebrado o Dia da Infância Missionária. Uma “festa das crianças que, com as suas orações e os seus sacrifícios – sublinhou o Papa Francisco no Angelus – ajudam seus coetâneos mais necessitados fazendo-se missionários e testemunhas de fraternidade e de partilha”. As ofertas recolhidas em todas as igrejas nesta ocasião serão destinadas a diversos projetos em todo o mundo. Neste ano, o tema escolhido para a jornada na Itália é: “Pobres como Jesus”. Mas, o que este slogan quer transmitir aos mais jovens? A Rádio Vaticano conversou a este respeito com Padre Michele Autuoro, Diretor das Pontifícias Obras Missionárias para a Itália. Confira.

“Antes de tudo se deseja ensinar a olhar para Jesus, que também nestes dias contemplamos no pobreza de Belém, mas também para a condição de tantas crianças do mundo. Este dia nasceu por inspiração de um bispo francês na metade do século XIX que, ouvindo também as cartas de tantos missionários da China, ficou tocado pela condição de tantas crianças, também pela sua pobreza. Depois do encontro com a fundadora francesa de uma outra obra missionária – a da Propagação da Fé – Paulina Jarico, teve esta intuição de envolver as crianças em serem solidárias em ajudar outras crianças no mundo e ao mesmo tempo educar as crianças para a missionaridade”.

RV: Existe algum motivo particular para a escolha da Solenidade da Epifania para esta celebração?
“Certamente. Foi escolhida a festa da Epifania porque o protagonista da festa é sempre Jesus, do Menino Jesus; depois é também a festa dos presentes por parte dos Magos, os Magos vindos de longe. De fato, todos os povos são chamado a reconhecer Jesus como Rei, o Senhor”.

RV: Como acontece em todos os anos, será feita uma coleta durante este dia. Existe algum destino particular desta vez?
“Tudo o que é recolhido neste Dia, mas também através de tantas atividades que os jovens  fazem durante o tempo do Advento, é destinado a um fundo universal de solidariedade. Depois, por meio do Secretariado Internacional das Pontifícias Obras, são indicados os projetos a serem ajudados. Uma característica das Pontifícias Obras Missionárias é precisamente esta: ter um olhar universal e sobretudo a partir daqueles que têm mais necessidade. Certamente, neste momento, as crianças onde existem conflitos em andamento, são sempre aquelas que têm maior necessidade”.

RV: Além da ajuda concreta, como o senhor já acenou, existe também um aspecto positivo nesta iniciativa…
“Sim, sim. Gostaria de citar uma frase do Papa Francisco no discurso que em novembro de 2014 proferiu às realidades missionárias das dioceses italianas. Dizia assim: “A missão é tarefa de todos os cristãos, não somente de alguns. É tarefa também das crianças! Nas Pontifícias Obras Missionárias os pequenos gestos das crianças educam para a missão”. Assim, este Dia, mas também todas as atividades que são realizadas durante o ano, têm a missão de educar as crianças e os jovens para a sua identidade missionária. Mas mesmo as crianças são também educadoras dos grandes, educadores de mundialidade, justamente para abrir as janelas do mundo: esta é a nossa identidade de cristão”.

RV: Educadores de mundialidade, é importante sublinhar esta educação da abertura para o outro, quando hoje vemos que se levantam muros em defesa das fronteiras, por exemplo…
“Certamente. Sobretudo neste momento, neste Dia, se recorda que a terra é de todos, que todos temos o direito a uma plenitude de vida e que Jesus veio justamente para abater os muros, para unir, para construir uma grande fraternidade universal. O bem está justamente nisto: na partilha, na comunhão de bens, na fraternidade, na justiça. Porque compartilhar seguidamente não é somente caridade, mas também justiça”.


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